Uma placa da Japan Display Inc é vista em sua fábrica em Mobara, província de Chiba, em 3 de junho de 2013. REUTERS/Toru Hanai
A fornecedora da Apple, Japan Display Inc, disse na sexta-feira que não recebeu notificação de um consórcio sino-taiwanês sobre um potencial investimento de 80 bilhões de ienes (US$ 740 milhões), levantando a possibilidade de um atraso crítico no dinheiro tão necessário.
Um novo adiamento de uma injeção de dinheiro pode levantar questões sobre a sobrevivência da fabricante de telas de smartphones, que foi afetada pela desaceleração das vendas do iPhone da Apple e uma mudança tardia para telas de diodo orgânico emissor de luz (OLED).
A Japan Display disse em comunicado que fará um anúncio assim que receber a notificação do consórcio, que inclui a fabricante taiwanesa de telas planas TPK Holding Co Ltd e a empresa de investimentos chinesa Harvest Group.
O consórcio chegou a um acordo básico sobre o acordo em meados de abril, mas atrasou a formalização para reavaliar as perspectivas da Japan Display.
Logo após esse atraso, o cliente Apple concordou em esperar pelo dinheiro devido e o maior acionista, o fundo INCJ apoiado pelo governo japonês, se ofereceu para perdoar 44,7 bilhões de ienes em dívidas.
A Japan Display está encolhendo o negócio de exibição de smartphones para interromper as saídas de caixa e tentar cortar 1.200 empregos.Também está suspendendo temporariamente uma fábrica de painéis principais de exibição financiada pela Apple e fechando uma das linhas em outra fábrica de painéis principais.
Essas medidas de reestruturação podem resultar em uma perda de até 79 bilhões de ienes para este ano fiscal que termina em março, disse a empresa esta semana.
O acordo de resgate permitiria que os compradores se tornassem os maiores acionistas da Japan Display com uma participação de 49,8 por cento, substituindo o fundo INCJ apoiado pelo governo japonês.
A Japan Display foi formada em 2012 pela combinação dos negócios de LCD da Hitachi Ltd, Toshiba Corp e Sony Corp em um acordo intermediado pelo governo.
Tornou-se pública em março de 2014 e valia mais de 400 bilhões de ienes na época.Agora vale 67 bilhões de ienes.
O acordo tornará os compradores os maiores acionistas da Japan Display – com uma participação de 49,8% – substituindo o fundo INCJ apoiado pelo governo japonês.
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Horário da postagem: 18 de junho de 2019